quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Apelo moral

Ele vem assim,
Meio que de repente,
Só para me reprimir
Quando fujo do meu senso.

Então, permanece ali,
Até poder perceber
Que consegui suprimir
Aquela falta de freios.

É o golpe de consciência,
Que não permite voos livres,
Mas que sempre me sustenta
Como se eu fosse uma pandorga.


(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 15.)


Escrevi "apelo moral", assim como alguns outros poemas da obra "Sobretudo", pensando na importância que a consciência tem em minha vida. Acredito que o indivíduo que ouve a sua consciência e, desse modo, mede a consequência de seus atos tem mais chances de se tornar uma pessoa melhor - e não apenas mais um idiota em meio a tantos que se vê por aí. Infelizmente, poucas pessoas ouvem a sua consciência, bem como são em número reduzido aquelas que pensam nos outros (sejam eles animais ou pessoas). Porque, atualmente, vivemos numa sociedade egoísta e fútil, em que os valores morais estão se perdendo completamente. Em qualquer lugar, são mais valorizados os indivíduos falsos e bajuladores do que aqueles que somente tentam fazer a sua parte bem feita e de maneira honesta. 

***

Finalizando, sei que não sou a melhor pessoa do mundo. Porém, pelo menos, tenho alguma dose de autocrítica (e isso me deixa maluco às vezes).

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