Todo ser humano
Tem alguma pretensão;
Mesmo um tal sujeito,
Despretensioso ser.
O despretensioso
Segue apenas
A religiosa pretensão
De não ser pretensioso.
Sendo assim,
Acredite em mim...
Se quiser.
Faço, então,
A conclusão:
Não existe inocência plena!
(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 18.)
"Despretensioso ser" é um dos meus poemas favoritos, porque é simples e filosófico - duas características que me deixam bastante contente quando surgem em meus textos.
Nessa produção afirmo que não existe ninguém despretensioso. Todos são pretensiosos e egoístas (aqui inserindo outra característica que cabe a essa reflexão), uma vez que sempre observam a vida de dentro de si mesmos e praticam aquilo que lhes convêm e que soa bonito aos seus olhos. E não acho esse fato ruim nem bom. É apenas algo que existe e que as pessoas precisam aceitar.
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