Vivo em um cubo de vidro
Respiro tristeza
Não penso, apenas sinto
Fora do cubo há um mundo normal
Eu poderia quebrar o vidro
Mas uma barreira de sentimentos me impediria
Convivo com as pessoas dentro da normalidade
Meu corpo me representa nesta outra dimensão
Mas meu espírito adormece dentro do cubo
Já usei meu direito de amar
Porém, nunca tive um amor
Desisti do rancor
MENDEL, G.M. Humano expresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2007.
Esse é o primeiro poema que escrevi como poeta, já que foi ele quem me incentivou a assumir tal papel. É por isso que esse texto é bastante importante para mim. Nele tentei retratar tudo o que sentia como um adolescente tímido. Gostei tanto do resultado das figuras que desenvolvi que continuei a escrever, sempre buscando o meu aprimoramento.
Na época eu achei "Timidez doentia" excelente! Para mim era quase um poema de poeta grandão. Hoje encontro ali algumas repetições (sempre adorei o "mas"), descontinuidade e amadorismo, apesar de ainda o achar criativo e pertinente, considerando que o sofrimento das pessoas tímidas não é brincadeira.
Enfim, eu somente me perguntava: "Será que a errada é a pessoa que é taxada de tímida ou a sociedade que quer adequá-la em seus moldes?"
Isso me faz lembrar da banda Tokyo, que nos anos 80 cantava versos como:
"Eu sou triste / Por ser assim / Cheio de erros / Cometidos por mim / Não tenho garotas / Elas fogem de mim / Não olho no espelho / Tenho medo de mim / Não olho para os outros / Tampouco para mim / Eu sou um defeito / Eu não quis nascer assim / Eu sigo calado / Sou anti-social / E quero algum dia / Me tornar normal / Estou sofrendo / Procuro a solução / Caso não encontrar / Vou me suicidar / Não olho para os outros / Tampouco para mim / Eu sou um defeito / Eu não quis nascer assim" (Eu sou triste)
"Esses humanos que circulam / Pela cidade aí afora / Eu não aguento,
eles querem me conquistar / Eu não aguento, eles querem me controlar / Querem me obrigar a ser do jeito que eles são / Cheios de certezas e vivendo de ilusão / Mas eu não sou / Nem quero ser / Igual a quem me diz / Que sendo igual / Eu posso ser feliz" (Humanos)
Respiro tristeza
Não penso, apenas sinto
Fora do cubo há um mundo normal
Eu poderia quebrar o vidro
Mas uma barreira de sentimentos me impediria
Convivo com as pessoas dentro da normalidade
Meu corpo me representa nesta outra dimensão
Mas meu espírito adormece dentro do cubo
Já usei meu direito de amar
Porém, nunca tive um amor
Desisti do rancor
MENDEL, G.M. Humano expresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2007.
Esse é o primeiro poema que escrevi como poeta, já que foi ele quem me incentivou a assumir tal papel. É por isso que esse texto é bastante importante para mim. Nele tentei retratar tudo o que sentia como um adolescente tímido. Gostei tanto do resultado das figuras que desenvolvi que continuei a escrever, sempre buscando o meu aprimoramento.
Na época eu achei "Timidez doentia" excelente! Para mim era quase um poema de poeta grandão. Hoje encontro ali algumas repetições (sempre adorei o "mas"), descontinuidade e amadorismo, apesar de ainda o achar criativo e pertinente, considerando que o sofrimento das pessoas tímidas não é brincadeira.
Enfim, eu somente me perguntava: "Será que a errada é a pessoa que é taxada de tímida ou a sociedade que quer adequá-la em seus moldes?"
Isso me faz lembrar da banda Tokyo, que nos anos 80 cantava versos como:
"Eu sou triste / Por ser assim / Cheio de erros / Cometidos por mim / Não tenho garotas / Elas fogem de mim / Não olho no espelho / Tenho medo de mim / Não olho para os outros / Tampouco para mim / Eu sou um defeito / Eu não quis nascer assim / Eu sigo calado / Sou anti-social / E quero algum dia / Me tornar normal / Estou sofrendo / Procuro a solução / Caso não encontrar / Vou me suicidar / Não olho para os outros / Tampouco para mim / Eu sou um defeito / Eu não quis nascer assim" (Eu sou triste)
"Esses humanos que circulam / Pela cidade aí afora / Eu não aguento,
eles querem me conquistar / Eu não aguento, eles querem me controlar / Querem me obrigar a ser do jeito que eles são / Cheios de certezas e vivendo de ilusão / Mas eu não sou / Nem quero ser / Igual a quem me diz / Que sendo igual / Eu posso ser feliz" (Humanos)
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