Um único caminho
Caminho odioso
Caminho de lembranças
De separação
Não temos escolhas
Mas somos obrigados a escolher
Nada conhecemos
Tudo repudiamos
O fim do caminho
De um novo caminho
Caminho da vida
Da vida desiludida
Nos mobilizamos
Estamos otimistas
Então superamos
Ou recomeçamos
O mundo dá chances
Chances de escolha
Da vida suicida
Ou do clímax vital
Uma certa idade
Com certas escolhas
Por novas fronteiras
E incertos caminhos
MENDEL, G. M. Humano expresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2007.
Esse é um poema bastante rico, que proporciona inúmeras leituras. No entanto, quando o escrevi, eu tinha em mente a condição em que me encontrava naquele momento: meus colegas de terceiro ano do Ensino Médio e eu, gente de classe média, pensávamos no que deveras iríamos ser quando crescêssemos. Ou seja, estávamos prestes a escolher que curso superior iríamos frequentar e onde isso iria acontecer.
Aquela realidade não me agradava nem um pouco. Não queria me separar dos meus amigos, muito menos pensar em ser alguma coisa. Estava ótimo não ser nada nem ninguém!
Por outro lado, via vários amigos animadíssimos com as possibilidades e, de certa forma, desejava estar como eles. Olhando o futuro sob aquele prisma parecia ser muito mais fácil. Só que eu sempre fui bastante fatalista, o que complica um pouco as coisas.
Bem, talvez eu só estivesse prevendo o que iria acontecer: virei escritor do gênero mais desinteressante da literatura atual (e o único que consigo produzir com certa habilidade, quase como uma condenação - me sinto como um cara que enxerga num mundo onde só a cegueira tem valor) e me formei em uma licenciatura, o que nos dias de hoje pode ser comparável a ir para o exército e descobrir que uma guerra se aproxima. Mas tudo bem... Eu não preciso enfrentar guerra alguma, tendo em vista que ninguém quis me contratar. (Contudo, caso resolverem mudar de ideia eu sou um excelente soldado, ouviram?)
Obs.: Perdão pelo tom melancólico da postagem. É que todas essas lembranças me causaram um certo desconforto e/ou saudosismo - coisas típicas de alguém regido por Câncer, não é mesmo?
P.S.: Novamente esse poema é repleto de versos desconexos e divagantes. No entanto, se em toda vez que eu publicar um poema no blog ficar chamando atenção para os defeitos de construção do texto, todos acabarão se cansando de visitá-lo. (É que isso é algo típico de professor de Português: ficar se preocupando com erros linguísticos - coisa que ninguém se importa muito - como um proprietário de imóvel que aluga sua sala para um bloco de carnaval. É óbvio que os foliões irão quebrar tudo, então "relaxa e goza".)
Caminho odioso
Caminho de lembranças
De separação
Não temos escolhas
Mas somos obrigados a escolher
Nada conhecemos
Tudo repudiamos
O fim do caminho
De um novo caminho
Caminho da vida
Da vida desiludida
Nos mobilizamos
Estamos otimistas
Então superamos
Ou recomeçamos
O mundo dá chances
Chances de escolha
Da vida suicida
Ou do clímax vital
Uma certa idade
Com certas escolhas
Por novas fronteiras
E incertos caminhos
MENDEL, G. M. Humano expresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2007.
Esse é um poema bastante rico, que proporciona inúmeras leituras. No entanto, quando o escrevi, eu tinha em mente a condição em que me encontrava naquele momento: meus colegas de terceiro ano do Ensino Médio e eu, gente de classe média, pensávamos no que deveras iríamos ser quando crescêssemos. Ou seja, estávamos prestes a escolher que curso superior iríamos frequentar e onde isso iria acontecer.
Aquela realidade não me agradava nem um pouco. Não queria me separar dos meus amigos, muito menos pensar em ser alguma coisa. Estava ótimo não ser nada nem ninguém!
Por outro lado, via vários amigos animadíssimos com as possibilidades e, de certa forma, desejava estar como eles. Olhando o futuro sob aquele prisma parecia ser muito mais fácil. Só que eu sempre fui bastante fatalista, o que complica um pouco as coisas.
Bem, talvez eu só estivesse prevendo o que iria acontecer: virei escritor do gênero mais desinteressante da literatura atual (e o único que consigo produzir com certa habilidade, quase como uma condenação - me sinto como um cara que enxerga num mundo onde só a cegueira tem valor) e me formei em uma licenciatura, o que nos dias de hoje pode ser comparável a ir para o exército e descobrir que uma guerra se aproxima. Mas tudo bem... Eu não preciso enfrentar guerra alguma, tendo em vista que ninguém quis me contratar. (Contudo, caso resolverem mudar de ideia eu sou um excelente soldado, ouviram?)
Obs.: Perdão pelo tom melancólico da postagem. É que todas essas lembranças me causaram um certo desconforto e/ou saudosismo - coisas típicas de alguém regido por Câncer, não é mesmo?
P.S.: Novamente esse poema é repleto de versos desconexos e divagantes. No entanto, se em toda vez que eu publicar um poema no blog ficar chamando atenção para os defeitos de construção do texto, todos acabarão se cansando de visitá-lo. (É que isso é algo típico de professor de Português: ficar se preocupando com erros linguísticos - coisa que ninguém se importa muito - como um proprietário de imóvel que aluga sua sala para um bloco de carnaval. É óbvio que os foliões irão quebrar tudo, então "relaxa e goza".)
Nenhum comentário:
Postar um comentário