O sol, então, raiou lá fora
O tempo de ser feliz é agora
A vida sorriu pra mim e pra ela
Sorriu também pro povo da favela
A gente faz festa até no lixão
Ignora a sujeira do chão
E o cheiro dos restos do pão
O novo dia não tarda a nascer
Um bom momento pra renascer
Virada é o jeito de convencer
Jogando para sempre vencer
O zero é o início da corrida
Quem dá primeiro a partida?
Quem acha logo a saída?
O ano que vem de novo vai chegar
Coitado de quem nele não entrar
Sonhando com a paz na andança
Dançando com a própria esperança
A música já vai acabar
Tenha prudência no bar
Ponha respeito no ar
(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 86.)
Esse poema se chama "Sambando a torto e a direito" porque ele realmente me surgiu como um samba. E, como eu não desenvolvi suficientemente o meu lado musical de modo a conseguir musicá-lo, adicionei o texto ao livro.
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