Ele vem assim,
Meio que de repente,
Só para me reprimir
Quando fujo do meu senso.
Então, permanece ali,
Até poder perceber
Que consegui suprimir
Aquela falta de freios.
É o golpe de consciência,
Que não permite voos livres,
Mas que sempre me sustenta
Como se eu fosse uma pandorga.
(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 15.)
Escrevi "apelo moral", assim como alguns outros poemas da obra "Sobretudo", pensando na importância que a consciência tem em minha vida. Acredito que o indivíduo que ouve a sua consciência e, desse modo, mede a consequência de seus atos tem mais chances de se tornar uma pessoa melhor - e não apenas mais um idiota em meio a tantos que se vê por aí. Infelizmente, poucas pessoas ouvem a sua consciência, bem como são em número reduzido aquelas que pensam nos outros (sejam eles animais ou pessoas). Porque, atualmente, vivemos numa sociedade egoísta e fútil, em que os valores morais estão se perdendo completamente. Em qualquer lugar, são mais valorizados os indivíduos falsos e bajuladores do que aqueles que somente tentam fazer a sua parte bem feita e de maneira honesta.
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Finalizando, sei que não sou a melhor pessoa do mundo. Porém, pelo menos, tenho alguma dose de autocrítica (e isso me deixa maluco às vezes).