terça-feira, 26 de outubro de 2010

Não sei

Eu sei que é bom dormir
Não sei se é bom pensar
Não sei se é bom fingir
Eu sei que é bom amar

Eu sei que é bom dormir
Dormir p'ra não pensar
Pensar em ser feliz
P'ra nunca mais sofrer

Não sei se é bom viver
Talvez seja tolice
Por ser tão vulnerável
Ao que ela diz



MENDEL, G. M. Humano expresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2007.


Dormir é confortável. É confortável, porque faz com que não pensemos nas pedras no meio dos caminhos que percorremos. Caminhos que percorremos, desconhecidos ou conhecidos. O desconhecidos nos trazem novas perguntas e novos desafios. Os conhecidos nos trazem o tédio, a preguiça e o conformismo. O tédio é um veneno lento, pois mata aos poucos. A preguiça envelhece, pois subtrai a vitalidade que ainda resta em nossos corpos. E o conformismo é confortável, pois não nos proporciona riscos nem angústias - mas acaba com a graça do viver.

***

O poema diz muito mais do que isso que eu coloquei acima. Contudo, não escrevi o que escrevi a título de comentário, mas de complementação.

É isso...

Um comentário:

  1. Filho; Vejos em teus poemas bastante pessimismo, desiluzão e de uma certa forma tristeza com a vida. Voce e muito jovem. Apezar de todas as injustiças e decepções, voce tem toda a vida pela frente. No momento certo tudo de bom que voce vem semeando; voce vai começar a colher. Acredito que a partir dai, voce vai ver a vida com mais alegria. Voce e muito inteligente, vai ser feliz e vai transmitir esta felicidade. Te amo muito, parabens, PAI

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