Não há mais calma
Não há mais amor
Sinto o peso da alma
Sinto tanto pavor
Não há mais verão
Não há mais calor
Sinto o peso do vão
Sinto tanto pavor
Não há mais poesia
Não há mais furor
Sinto tanta histeria
Sinto tanto pavor
Não há mais beleza
Não há mais pureza
Sinto o peso da dor
Sinto tanto pavor
MENDEL, G.M. Humano expresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2007.
Depois de algum tempo que comecei a guardar os poemas que escrevia, com o sonho de publicá-los em livro, eu fiquei desacreditado e parei de escrever. Não estava mais gostando dos meus textos, não pensava mais que conseguiria lançar uma obra, esse tipo de coisa deprimente.
De repente, eis que chega em Erechim o meu único irmão, mais velho, morador de PoA (exatamente o lugar onde ele nasceu), para uma rápida visita. E, durante essa estadia, me incentiva a continuar com os escritos, pois ele gostava muito dos meus textos e sempre me apoiava. (Ainda faz isso, com bastante competência inclusive - mas o presente não cabe num comentário sobre um poema passado...) Então, eu, que sempre fui imensamente ligado ao meu irmão, considerei os seus conselhos e lapidei "Abnegação", com as ferramentas toscas e as mãos canhotas que eu tinha em maior intensidade na época.
E acabei gostando demais do texto, o que me deu uma enorme injeção de ânimo para seguir em frente.
***
Até hoje não considero "Abnegação" um texto ruim. Mas atualmente as minhas atenções se voltam apenas ao "Sobretudo".
Até!
Não há mais amor
Sinto o peso da alma
Sinto tanto pavor
Não há mais verão
Não há mais calor
Sinto o peso do vão
Sinto tanto pavor
Não há mais poesia
Não há mais furor
Sinto tanta histeria
Sinto tanto pavor
Não há mais beleza
Não há mais pureza
Sinto o peso da dor
Sinto tanto pavor
MENDEL, G.M. Humano expresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2007.
Depois de algum tempo que comecei a guardar os poemas que escrevia, com o sonho de publicá-los em livro, eu fiquei desacreditado e parei de escrever. Não estava mais gostando dos meus textos, não pensava mais que conseguiria lançar uma obra, esse tipo de coisa deprimente.
De repente, eis que chega em Erechim o meu único irmão, mais velho, morador de PoA (exatamente o lugar onde ele nasceu), para uma rápida visita. E, durante essa estadia, me incentiva a continuar com os escritos, pois ele gostava muito dos meus textos e sempre me apoiava. (Ainda faz isso, com bastante competência inclusive - mas o presente não cabe num comentário sobre um poema passado...) Então, eu, que sempre fui imensamente ligado ao meu irmão, considerei os seus conselhos e lapidei "Abnegação", com as ferramentas toscas e as mãos canhotas que eu tinha em maior intensidade na época.
E acabei gostando demais do texto, o que me deu uma enorme injeção de ânimo para seguir em frente.
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Até hoje não considero "Abnegação" um texto ruim. Mas atualmente as minhas atenções se voltam apenas ao "Sobretudo".
Até!
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