A crítica é extremamente importante, pois tem por função afirmar ou transgredir um evento, linguístico ou não, e, dessa forma, permitir a permanência ou a mudança (quando acatada). Contudo, a posição do crítico é um tanto quanto patética, tendo em vista que este nada mais é do que a voz de um orgulho acariciado ou ofendido, expressando através de uma atitude eu julgo a sua (in)conformidade com a realidade que enxerga. Mas o que ele vê é do ponto de vista dele, não do sujeito agente ou ator, cuja decisão está entre um leque de opções, onde deve analisar a sua visão e os olhares de urubu dos outros, sendo o peso na consciência variável conforme a pessoa.
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Tem-se também a autocrítica, cuja utilização em excesso leva à loucura e, num momento posterior, ao mais perto que se pode chegar da lucidez. Ela é um mecanismo excelente para que um pensante observador estude suas ações e comportamentos passados, presentes e futuros, tentando alcançar o seu ideal degrau por degrau. Porém, é baseada no ponto de vista egoísta e de experiências únicas de quem sofre a sua agoniante influência e, então, indigna de credibilidade.
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De qualquer forma, todas essas reflexões fazem com que questionemos, prepotentes ou não, conceitos como os de verdade, sanidade, etc. E essa inquietude infinita, existente somente na espécie humana, não tem valor mensurável.
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P.S.01: Ainda, basta pensarmos um pouco num mundo de plena humildade para chegarmos a uma conclusão incrivelmente intrigante: se todos fôssemos totalmente humildes nunca teríamos achado nada ruim ou bom, o que nos levaria a não criar nada nem nos instigaria a desenvolver a linguagem (para expressar nossa opinião). Portanto, o orgulho (ou ego), assim como julgamentos envolvendo os significados abstratos e facilmente mutáveis de bom e mau, estão intrinsecamente relacionados, fazem parte da natureza e são ferramentas indispensáveis para a movimentação do mundo e do ser humano - que quando usadas em excesso ocasionam a maioria das desgraças conhecidas até o momento atual.
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P.S.02: Notem que, agora mesmo, estou embebido em orgulho, desenvolvendo uma ideia que EU JULGUEI interessante de compartilhar com a sociedade.
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P.S.03: Bem, vou acabar antes que todos acabem insanos. Tchau!
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