Sete vidas
Sete dias
Sete horas sem você
Doze meses
Doze vezes
Doze tardes sem você
Cem momentos
Cem palavras
Contra o vento
Nessa estrada
Cem prazeres
Cem memórias
Cem mulheres
Cem histórias
MENDEL, G. M.. Humano impresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2008.
Tenho muito orgulho do poema “Números”. Nele consegui desenvolver a poesia na qual acredito: simples, lúdica, breve, rica semanticamente e afinada na sintonia entre forma e conteúdo. Além disso, é um texto sem conclusão, o que é mais uma característica interessante, pois o leitor acaba de lê-lo sem saber se existe um “você”, se o eu-lírico é mulherengo ou solitário, se ele tem ou não histórias para contar. (E “Contra o vento / Nessa estrada”. Mas que vento? Em qual estrada? É tudo por conta do leitor.)
É como acontece em um poema do grande artista Ademir Antonio Bacca, de Bento Gonçalves-RS:
fim de noite
no
último
táxi
da
madrugada
não
tinha
carona
pra
minha
solidão
(BACCA, A. A.; GONÇALVES, C. (org.). Poesia do Brasil – Volume 8. Porto Alegre-RS: Grafite, 2008.)
Sugestão de interpretação: O poema é bem sugestivo. Por um lado, pode-se inferir que a solidão do eu-lírico era tão grande que não cabia em lugar algum. Por outro, é possível observar que o taxista deu carona para o poeta, mas não para a solidão, o que deixa a seguinte questão: será que ele voltou só ou não?
Sensacional (ponto final)
Sete dias
Sete horas sem você
Doze meses
Doze vezes
Doze tardes sem você
Cem momentos
Cem palavras
Contra o vento
Nessa estrada
Cem prazeres
Cem memórias
Cem mulheres
Cem histórias
MENDEL, G. M.. Humano impresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2008.
Tenho muito orgulho do poema “Números”. Nele consegui desenvolver a poesia na qual acredito: simples, lúdica, breve, rica semanticamente e afinada na sintonia entre forma e conteúdo. Além disso, é um texto sem conclusão, o que é mais uma característica interessante, pois o leitor acaba de lê-lo sem saber se existe um “você”, se o eu-lírico é mulherengo ou solitário, se ele tem ou não histórias para contar. (E “Contra o vento / Nessa estrada”. Mas que vento? Em qual estrada? É tudo por conta do leitor.)
É como acontece em um poema do grande artista Ademir Antonio Bacca, de Bento Gonçalves-RS:
fim de noite
no
último
táxi
da
madrugada
não
tinha
carona
pra
minha
solidão
(BACCA, A. A.; GONÇALVES, C. (org.). Poesia do Brasil – Volume 8. Porto Alegre-RS: Grafite, 2008.)
Sugestão de interpretação: O poema é bem sugestivo. Por um lado, pode-se inferir que a solidão do eu-lírico era tão grande que não cabia em lugar algum. Por outro, é possível observar que o taxista deu carona para o poeta, mas não para a solidão, o que deixa a seguinte questão: será que ele voltou só ou não?
Sensacional (ponto final)