terça-feira, 6 de julho de 2010

Câncer de pele

Nada leva a nada
Tudo leva ao nada
Ilusão é a desilusão
de querer poder
Permissão é a proibição
de querer parar

Nada leva a nada
Tudo leva ao nada
Negação é a afirmação
de querer sumir
Educação é a domesticação
de querer mudar



MENDEL, G. M. Humano expresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2007.


O título do poema é “Câncer de pele”, pois tal moléstia aparece devido ao exagero em relação a algo bom. Ou seja, mesmo que tomar sol seja uma atitude excelente, o excesso de exposição ao sol causa câncer de pele, bem como o excesso de comida leva à obesidade, o excesso de exercício ocasiona lesões musculares e fadiga, etc.

“Nada leva a nada / Tudo leva ao nada” – Estamos sempre em busca do pote de ouro e vamos morrer procurando um tesouro inexistente, o que traz como consequências as loucuras da vida. Fora esses versos, criei conceitos poéticos*, que refletem - ao meu ver - alguns aspectos da existência dos seres humanos, através de paralelos entre os antônimos das palavras, cujo resultado me fez postar esse texto aqui.




* Considero-os como conceitos poéticos, tendo em vista que eles não têm nenhum compromisso com as conceituações dicionarizadas.

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