quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Sobre procuras e encontros

Eu não me acho!
Se me achasse
Não seria poeta,
Nem espectador.

Quem muito se encontra
Não tem o que perguntar...
Não tem o que desvendar...
Não tem o que transformar...

E acaba cru no meio!


(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 70.)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Lúdico

A cobra cobra
Pelo fim da picada
O cobre cobre
Seu símbolo despudorado

A loucura cura
Toda angústia sem volta
O vencedor vence
Toda dor de tentar


(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 69.)

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Posição de Exposição

Lá seguia
O quase-belo,
Entrecortando
A paisagem reinante,
Onde seres-padrão
Aportavam, apontavam...
Com sua imagem
Em segurança,
Abrigados na moda
Daquele instante.

Lá continuava
O quase-belo,
Entrecortando
A paisagem reinante,
Onde homens-bala
Sem direção
Bloqueavam o caminho
E ditavam a lei,
Embebidos em
Certezas comuns.

Lá seguia
O quase-belo...
Lá se ia
O quase-belo.


(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 67.)

sábado, 12 de julho de 2014

O sentido

Acordo e te vejo ao meu lado –
Agora sim é que eu desperto para a vida.
Foi tanto tempo sem poder sorrir por dentro...
Mas hoje sei o que é a tal felicidade.

Você é completa e assim me completa.
Você é perfeita neste amor perfeito.
Nós fomos feitos para um mundo mais doce,
Sempre sonhando, querendo que fosse...

Nosso destino é salvar um ao outro
Desta estrada que nos guia ao fim,
Transformando-a numa trilha de flores,
Que nos permita caminhar sem temor.


(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 66.)


Esse é mais um poema dedicado à minha namorada.

***

Como vocês puderam constatar, hoje modifiquei o nome, a descrição e o endereço do blog. Na realidade eu já deveria ter feito isso antes, mas nunca encontrava algo apropriado. Então, apenas fui sincero, descrevendo o que escrevo aqui: desabafos e declarações de amor. Espero que aprovem esse novo nome, que, pelo menos, não terei vergonha de pronunciar, como o anterior.

sábado, 5 de julho de 2014

Muito estudo para pouca sabedoria

A ciência é paranoica
E contra a vida.
Faz experiências,
Mas proíbe o experimentar.

Quanto mais previne
Os males do corpo,
Mais provoca
Os males da mente.
E...
Quanto mais provoca
Os males da mente,
Menos previne
Os males do corpo.

Assim, segue o ser humano,
Repleto de crenças,
Medos e esperanças,
Regrado e tecnificado
Com
Religião e ciência,
Saúde e doença,
Alegria e tristeza,
Rumos e rédeas...


(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 65.)