Tenho saudade daquilo
Que não vivi.
Acho que a vida
Está cada vez pior.
Busco esperança
Num amor
Forte e profundo.
E me preparo
Pras desgraças
Do futuro.
Hoje as mães
Já não acalentam mais.
E nossos filhos são bastardos
De aventuras.
Ninguém trabalha,
Todos ganham um emprego.
Passar a perna é o segredo
Do sucesso.
E o buraco fica
Cada vez mais fundo.
E a natureza fica
Cada vez mais fula.
Cada um cuida
Da sua própria sepultura
E vai matando
O amanhã de seus filhos.
(MENDEL, G. M.. Entretanto. Erechim-RS: AllPrint Varella, 2013.)
O nome desse poema é "Samba triste ao porvir" pois, assim como outro(s) texto(s) de minha autoria, surgiu como uma letra para um samba de raiz. (Nesse caso, como um samba carioca.) E, já que sou musicalmente incompetente, transformo algumas das canções que componho em poesia.
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