Ela sempre fala coisas sem sentido,
Mas para ele é tudo poesia.
O responsável por isso
É aquele encanto pulsante dentro dele,
Cujo poder transforma beleza feminina em fome e anseio,
Simpatia banal em sinal de pureza,
Simples olhares em enormes figuras hipnóticas.
Por isso teme
Que talvez,
Mais uma vez,
Esteja sendo enganado
Por ele mesmo –
Aquele ser cego e bobo
No qual se torna
Em meio às mulheres.
(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 33.)
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