segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Pesadelo (12/06/2013)

Ontem,
Sonhei que nascera em um mundo
Em que animais eram torturados e mortos,
Onde pessoas eram orgulhosas,
Trapaceiras e inescrupulosas,
E faziam o que fosse preciso
Para conseguirem mais e mais dinheiro –
Desde trabalhar 24h por dia
Até botar em risco a vida dos outros.

Ainda bem que isso foi só um sonho...
Se fosse verdade,
Acho que eu já teria me matado.



(MENDEL, G. M.. Entretanto. Erechim-RS: AllPrint Varella, 2013.)

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Inumanos expressos (11/06/2013)

Dizendo não ao romance e ao apego,
Mexendo em feridas expostas
E exterminando-se entre si,
Os zumbis constituem uma nova (des)ordem,
Alimentados pela ganância, pelo poder
E pelo futuro que nem veio,
Fragilizando, derradeiramente, os alicerces
Da sociedade civilizada.



(MENDEL, G. M.. Entretanto. Erechim-RS: AllPrint Varella, 2013.)

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Novas relações hipócritas (12/03/2013)

Todos comentam tudo pela internet
Se não tenho internet, eu não existo
Eu quero viver a vida conectado
E dos problemas ser desconectado
No espelho, não posso ver minha face
Nem ligo, eu sou o melhor no face.



(MENDEL, G. M.. Entretanto. Erechim-RS: AllPrint Varella, 2013.)

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Os carros e a chuva (07/03/2013)

Quando os carros ficam loucos,
Chove em Erechim.
Vai ver, eles são de açúcar –
Ou têm uma vil paranoia.

Mas os carros são movidos por pessoas;
E elas, que, em sua maioria, são azedas,
Não derreteriam dentro de suas limusines.
Então...



(MENDEL, Guilherme Mossini. Entretanto. Erechim-RS: AllPrint Varella, 2013.)

domingo, 25 de setembro de 2016

A pobreza (08/11/2012)

A pobreza tem cara de monstro
E fede a cachaça e a café.
Tosse, escarra e pigarra,
E fala o que lhe vier.
Dá bugigangas aos filhos,
Contudo não os educa.
Assim, cria mais engrenagens
Que mantêm mecanismos em desordem.



(MENDEL, G. M.. Entretanto. Erechim-RS: AllPrint Varella, 2013.)