sábado, 25 de março de 2023

Enquanto isso, nas salas de aula…

1. É notável a dependência que as crianças e os adolescentes possuem em relação aos seus celulares.  Muitos inventam as mais diversas artimanhas para tentar não ficar longe de suas chupetas tecnológicas e, desse modo, evitar a abstinência. E esse vício por tais maquininhas está cada vez mais latente no desempenho escolar dos jovens. Nota-se, por exemplo, a falta de criatividade (aliada à insegurança) que a maioria dos estudantes demonstra atualmente, pois estes não realizam nenhuma tarefa sem fazer uma busca prévia na internet. Da elaboração de um simples desenho à escrita de um trabalho discursivo sobre um livro literário, o recurso eletrônico tornou-se indispensável para que os alunos construam alicerces que embasem, mesmo que de maneira informal e incorreta, tudo aquilo que desenvolvem. Nesse cenário, para os professores que já consideravam desesperadoras as pesquisas (errôneas e errantes) feitas pelos educandos na Wikipédia, surgiu o Brainly, para acabar com qualquer esforço intelectual por parte dos discentes.

2. Outro fato que se pode observar nos últimos anos é a diminuição dramática de conhecimento geral por parte dos estudantes. Por exemplo, se os professores comentam algo sobre uma personalidade dos âmbitos artístico, esportivo, político ou acadêmico, dificilmente algum aluno saberá da existência da pessoa citada. Seja John Lennon, Machado de Assis, William Shakespeare, Ayrton Senna, nada daquilo que esteja fora do senso comum naquele exato instante ou que não permeie o leque de interesses virtuais dos jovens de hoje faz parte do conhecimento deles. Por isso, está cada vez mais complicado de os docentes partirem daquilo que os estudantes já sabem para explicar qualquer conteúdo, porque dificilmente eles já ouviram falar a respeito de algo ou de alguém que realmente importe socialmente. Só dominam aquilo que está relacionado a influenciadores digitais, funkeiros e sertanejos (que se tornaram famosos ontem para voltarem ao anonimato amanhã). E, em relação ao resto, são como a personagem Chiquinha do programa televisivo “Chaves”, que não conhece nada de História porque ainda não tinha nascido quando aconteceram os eventos históricos.

3. Penso que, dentre todos os mecanismos de informação existentes até o momento, a internet é, simultaneamente, o mais libertador e o mais limitador, tendo em vista que essa ferramenta, apesar de apresentar o universo diante de quem a utiliza, acaba, na maior parte das vezes, por servir somente para que o indivíduo se “especialize” naqueles segmentos que lhe são de interesse particular. E, ainda que o usuário tenha a liberdade de buscar por meio dela exatamente aquilo que deseja, tendo a oportunidade de conhecer qualquer assunto de qualquer lugar do mundo em qualquer lugar do mundo, grande parte das pessoas acaba limitando-se a procurar mais a respeito dos conteúdos medíocres que estão em evidência naquele exato instante, uma vez que a utilização inadequada do ciberespaço é um convite ao comodismo, à falsa inclusão e ao desejo de aparecer. Ou seja, o ambiente virtual é diferente de outras fontes de informação, como o jornal, a revista, o rádio e a televisão, que, por mais combatidos e antiquados que sejam, oferecem ao consumidor um leque mais abrangente e confiável de possibilidades de crescimento cultural e intelectual. Pois, enquanto as mídias mais tradicionais demandam ética, pesquisa, apuro, preparo e profissionalismo, tudo aquilo que é publicado na internet ignora completamente essas condições. Nesse contexto, percebe-se que as crianças e os adolescentes muito raramente folheiam um jornal ou uma revista, não sintonizam uma emissora de rádio nem para ouvir os jogos de seu time de futebol favorito e só ligam a televisão para acessar serviços de streaming. E os pais normalmente não interferem nessas práticas, visto que têm a mesma responsabilidade, igual maturidade e asseguram-se de que vale qualquer coisa para que os seus filhos mantenham-se quietos.

sábado, 25 de fevereiro de 2023

Dicas de filmes - Parte 12

01- "As férias do Senhor Hulot" (Les vacances de Monsieur Hulot), dirigido por Jacques Tati (1953);

- Este é o filme que apresenta o personagem Monsieur Hulot ao público e que revela o humor e a perspicácia de Jacques Tati, cuja observação social concebeu uma obra que capta o comportamento exato das pessoas até hoje.

02- "Meu tio" (Mon oncle), dirigido por Jacques Tati (1958);

- Filme consagrado do francês Jacques Tati, "Meu tio" é uma obra que permite que o espectador identifique as situações retratadas (e se identifique nelas) e ria de si próprio. Simplesmente genial!

03- "O homem que sabia demais" (The man who knew too much), dirigido por Alfred Hitchcock (1934);

- Ainda não assisti à refilmagem do título em questão, realizada em 1956. Contudo, pode-se afirmar seguramente que este é um dos filmes mais marcantes da história do cinema. Um suspense de corroer os nervos do público!

04- "Agente Secreto" (Secret Agent), dirigido por Alfred Hitchcock (1936);

- Assim como o título elencado anteriormente, "Agente Secreto" é um brilhante suspense de guerra meticulosamente dirigido pelo mestre.

05- "Jovem e Inocente" (Young and Innocent), dirigido por Alfred Hitchcock (1937).

- Outro suspense assinado por Alfred Hitchcock, desta vez sem envolver conflitos internacionais, "Jovem e Inocente" apresenta ao público um casal de protagonistas muito carismático, por quem, em meio a situações extremamente tensas, é impossível não torcer.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Dicas de filmes - Parte 11

01- "A felicidade não se compra" (It's a wonderful life), dirigido por Frank Capra (1946);

- Não é só um belíssimo filme, mas também, uma lição de vida.

02- "Um corpo que cai" (Vertigo), dirigido por Alfred Hitchcock (1958);

- Basta dizer que essa obra está sempre presente nas listas que enumeram quais são os melhores filmes já realizados, muitas vezes encabeçando-as.

03- "Rebecca - A mulher inesquecível" (Rebecca), dirigido por Alfred Hitchcock (1940);

- Filmaço que apresenta uma das características mais marcantes do Hitchcock: surpreendente em qualquer época, não importa quanto tempo passe.

04- "Um convidado bem trapalhão" (The Party), dirigido por Blake Edwards (1968);

- Um dos filmes mais engraçados já feitos, comprovando a genialidade da parceria entre Blake Edwards e Peter Sellers, que, aliás, está perfeito nessa obra.

05- "Interlúdio" (Notorious), dirigido por Alfred Hitchcock (1946);

- Um noir feito pelo Hitchcock, empolgante de roer até as unhas dos pés! Além disso, trazendo uma história que se passa, na maior parte do tempo, no Brasil.

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Dicas de filmes - Parte 10

01- "Quando só o coração vê" (A Patch of Blue), dirigido por Guy Green (1965);

    - Um drama realista, comovente e atual, estrelado pelo notável Sidney Poitier.

02- "O Despertar" (The Awakening), dirigido por Nick Murphy (2011);

    - Um suspense muito bem construído, estrelado pela singular Rebecca Hall.

03- "Toy Story 3" (Toy Story 3), dirigido por Lee Unkrich (2010);

    - O mais emocionante dos filmes da franquia Toy Story, cujo roteiro trata sobre a passagem da infância à adolescência.

04- "Universidade Monstros" (Monsters University), dirigido por Dan Scanlon (2013);

    - Outra joia da Pixar, um filme muito engraçado, coerente e repleto de lições.

05- "Psicose" (Psycho), dirigido por Alfred Hitchcock (1960).

    - Um dos tesouros do terror, ou melhor, do cinema! Uma obra-prima obrigatória!

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Dicas de filmes - Parte 9

01- "Charada" (Charade), dirigido por Stanley Donen (1963);

02- "O homem do braço de ouro" (The man with the golden arm), dirigido por Otto Preminger (1955);

03- "As Minas do Rei Salomão" (King Solomon's Mines), dirigido por Compton Bennet & Andrew Marton (1950);

04- "Com a maldade na alma" (Hush... Hush, Sweet Charlotte), dirigido por Robert Aldrich (1964);

05- "O Estranho" (The Stranger), dirigido por Orson Welles (1946).


    "Charada", um suspense contagiante, com Cary Grant, Audrey Hepburn e Walter Matthau. "O homem do braço de ouro", um drama no qual Frank Sinatra faz uma interpretação marcante de um dependente de heroína, obra que conta com uma das mais brilhantes trilhas sonoras do cinema. "As Minas do Rei Salomão", uma aventura que desbrava os maiores mistérios da África. "Com a maldade na alma", um filme horripilante e misterioso, com Bette Davis, Olivia de Havilland, Joseph Cotten e Agnes Moorehead. E "O Estranho", um suspense do pós-guerra, magistralmente dirigido e estrelado por Orson Welles.