sexta-feira, 4 de abril de 2014

Ante

Atacante é aquele
Que ataca.

Importante é aquele
Que importa.

Mas...

Amante é aquele
Que ama?

Ignorante é aquele
Que ignora?

Ou...

Amante é aquele
Que é amado,
E ignorante é aquele
Que é ignorado?

Talvez os dois,
Talvez nenhum...


(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 43.)

Um Sancho Sem Pança

Eu estava voltando do supermercado, repleto de guloseimas. Passei por um miserável da pior espécie. Há duas formas de se ser um miserável: você pode ser uma péssima pessoa ou pode estar bem abaixo da linha da pobreza. E o senhor que avistei era do tipo que não tinha nem um centavo nos bolsos, o que é realmente terrível para ele (e para a humanidade). Atrás desse homem, que puxava um enorme carrinho de recicláveis, vinha o seu fiel escudeiro, um surrado cão manquitolante.

Então, lembrei-me da Nina, a minha adorável cachorrinha mimada, a qual agrado o máximo possível (dentro das minhas parcas possibilidades). Ela, irracional que é, provavelmente não tem conhecimento sobre as racionais diferenças criadas pelo sábio ser humano, que se acha o dono do mundo por ter a capacidade de falar e de cometer maldades.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Aprendendo a viver

Eu nunca esqueci dos conselhos do meu pai
Quando ele me ensinava sobre as coisas do mundo:

- Procure manter o equilíbrio para seguir em frente.
- Nade contra a correnteza se você estiver sendo levado.

Assim, eu aprendi a andar de bicicleta,
A nadar e a tomar cuidado com estranhos.


(MENDEL, G.M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 42)

sexta-feira, 21 de março de 2014

Hino Animado

Baseado no Hino Nacional Brasileiro, escrito por Joaquim Osório Duque Estrada

Ó, amada, idolatrada,
Um sonho intenso brilhou
No céu da liberdade neste instante:
Consegui te conquistar com braço forte!

Se em teu formoso solo está garrida,
Vejo nos teus risonhos e lindos seios
Mais amores! (Menos dores!)

Mas tu, cheia de amor e de esperança,
Desafias o nosso peito à própria morte.
Pois, tu não achas que alguém
Esteja à tua altura, fulgura minha!

Porém, não teme quem te adora
A própria morte!
Porque...
És bela, és forte, impávida e colossal.
Nos teus traços tem mais vida
E na tua tez muito mais cores...


(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 40.)