sábado, 29 de abril de 2023

Dicas de filmes - Parte 13

01- "A dama enjaulada" (Lady in a cage), dirigido por Walter Grauman (1964);

- "A dama enjaulada" é um filme que eu já gostaria de ter visto há muito tempo! Neste ano, finalmente, surgiu a oportunidade. E ele não me decepcionou. Nele, Olivia de Havilland, uma das maiores atrizes da história do cinema, fica presa em um elevador instalado em sua casa. A situação dá abertura para os mais diversos abusos cometidos pelos demais "seres humanos". A produção é dos anos 60, mas fala sobre uma sociedade que pode ser observada hoje mesmo, na sua vizinhança.

02- "O Show de Truman - O Show da Vida" (The Truman Show), dirigido por Peter Weir (1998);

- "O Show de Truman" é um filme do final dos anos 90 que está cada vez mais moderno. Ele trata sobre as câmeras que nos vigiam diariamente, nos lugares mais insuspeitos, e a respeito da nossa sufocante e emergente sociedade do espetáculo. Esse título ficou conhecido, na época, por proporcionar o primeiro papel dramático para o astro em ascensão Jim Carrey.

03- "Gonzaga - De pai pra filho", dirigido por Breno Silveira (2012);

- Essa joia do cinema nacional conta a história de dois dos maiores artistas que o Brasil já teve: Luiz Gonzaga e Gonzaguinha. O filme é muito fidedigno e fiel ao livro que o inspira. É, em suma, um exemplo para os demais cineastas brazucas.

04- "O último chá do General Yen" (The bitter tea of General Yen), dirigido por Frank Capra (1933);

- Brilhante como qualquer filme de Capra, mas sem aquele oportuno otimismo que ele sempre inseria, essa produção possui inúmeras camadas de interpretação, envolvendo, sobretudo, política internacional, missões humanitárias e diferenças culturais.

05- "O dirigível Hindenburg" (The Hindenburg), dirigido por Robert Wise (1975).

- Centrado na tragédia envolvendo o notável dirigível alemão Hindenburg ocorrida em 1937, essa produção dirigida por Robert Wise surpreenderá eternamente. Muito bem feita, com um roteiro atraente e efeitos especiais belíssimos, a obra cinematográfica em questão dá uma aula sobre essa linguagem.

O professor tem de ser perfeito!

O professor tem de ser perfeito! O professor não pode errar. O professor não pode ser humano. O professor não pode esbravejar. O professor não pode ser antipático. O professor tem de ser perfeito – quase um robô sem inteligência artificial.

O professor tem de ser perfeito! O professor tem de ser o exemplo – mesmo que ninguém queira seguir esse exemplo. É o que esperam do professor. O professor avalia uma pequena parcela da sociedade dentro da sala de aula. A sociedade inteira avalia o professor fora da sala de aula. O professor tem de ser perfeito – em qualquer ocasião!

A sociedade pode abusar (do espaço) do professor. A sociedade pode tirar a paz do professor. A sociedade pode agir como se estivesse na Idade da Pedra. O professor tem de ser perfeito – quase uma Mary Poppins que surge para consertar quem não deseja sê-lo.

O professor é o protagonista de um reality show visto 24 horas por dia, observado mesmo onde não há câmeras de monitoramento. O professor sempre é estudado – até por quem não gosta de estudar. O professor deve sempre ser gentil, sempre ser simpático, sempre ser receptivo – até com quem ele detesta (embora “detestar” não deva ser um sentimento do professor). O professor tem de ser perfeito – em meio a uma sociedade cada vez mais imperfeita.

O professor deve tolerar – mesmo que faça parte de uma sociedade intolerante. O professor deve perdoar – mesmo que faça parte de uma sociedade vingativa. O professor deve ser perfeito, tripulante de um OVNI chamado Educação, cada vez mais incompreendido, cada vez mais distante desta vida terrena. O professor deve ser perfeito – mesmo que ele esteja em ruínas.

Mas… o professor é apenas um profissional. O professor ajuda a desenvolver habilidades e competências dentro das escolas, somente. Fora das escolas, ou dentro delas, o professor é vulnerável, o professor é falível. Fora do local de trabalho, o professor é um cidadão, que tem seus direitos, como qualquer um; seus deveres, como qualquer um; que tem de cumprir as leis, como ninguém – embora o professor cumpra um pouco mais, já que ele é o professor, o exemplo, o burro de carga da moralidade.