Me convidaram a bailar,
Mas eu não danço
Conforme a música!
Se eu fosse vinho
Seria um tinto-pulsante
Seco-azedo.
Me convidaram a bailar,
Mas eu não consigo
Ignorar medos e mágoas!
Se eu fosse vinho
Seria um tinto-pulsante
Seco-azedo.
Me convidaram a bailar,
Mas eu sempre tive
Uma certa arritmia!
Se eu fosse vinho
Seria um tinto-pulsante
Seco-azedo.
Isso se eu fosse vinho!
Mas eu sou azeite,
E não preciso dos efeitos do álcool.
(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 39.)
Este é mais um poema sobre a minha timidez, a minha preferência pela reclusão e o meu desconforto diante de atividades que, para a maioria das pessoas, são extremamente normais e agradáveis, como a dança.
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