quinta-feira, 24 de março de 2011

Meu medo é mesmo cego!

O medo que eu tenho
É o mesmo que o seu
O mesmo que eu sou
É o medo que eu tenho

Eu tenho o mesmo medo
Que você me ensinou
Eu temo tudo aquilo
Que o tempo esqueceu

Meu medo é tão cego
Que não pode enxergar
A causa desse medo
Que a cegueira enviou

É fácil ter um medo
Quando o medo quer você
É fácil ser um cego
Quando a vida é sem porquê


MENDEL, G. M.. Humano impresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2008.


Eu gosto desse poema, porque é um texto jocoso, mas profundo. Só que não vou cometer o crime de interpretá-lo, pois isso acabaria com a riqueza dessas estrofes. Enfim, acredito que fui infinitamente feliz na construção desse poema - surgido com certa naturalidade. Simplesmente veio... e o meu trabalho foi apenas o de transcrevê-lo para o papel. É assim que surgem os melhores poemas, as melhores ideias, as melhores iniciativas.

Espero que todos tenham gostado e compreendido as mensagens explícitas e implícitas nesses versos.

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