Eu sou filho de outros tempos
Quando o sol brilhava mais
E o céu era o limite
Eu sou sujeito de uma vida
Iluminada pelo sol
E ofuscada pelo céu
Eu sou gente como tu
Tentando ser um sol
Tentando ser um só...
Limitado pelo céu
Eu sou produto social
Que não tem medo do fogo do sol
Que não se contenta com os limites do céu
Mas que tem medo da frieza de um só
Quando o sol brilhava mais
E o céu era o limite
Eu sou sujeito de uma vida
Iluminada pelo sol
E ofuscada pelo céu
Eu sou gente como tu
Tentando ser um sol
Tentando ser um só...
Limitado pelo céu
Eu sou produto social
Que não tem medo do fogo do sol
Que não se contenta com os limites do céu
Mas que tem medo da frieza de um só
MENDEL, G. M.. Humano impresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2008.
Esse poema é realmente sobre mim. Nele eu exponho toda a minha determinação e a minha impaciência.
* Julgo ser determinado, porque essa característica já me levou a grandes coisas: emagreci mais de 20kg em menos de três meses (quando tinha 15 anos); publiquei meus livros (banhados a suor); sou poeta e não desisto nunca; etc.
* Julgo ser impaciente, porque preciso sempre de resultados imediatos, de pouca complicação: se não fosse pelos meus pais, provavelmente eu não teria terminado nenhum dos cursos que já fiz e não terminaria o que estou fazendo, levando em conta que desisti do curso de violão, do curso de baixo... não terminei nem a catequese, e assim por diante.
E não me condeno por isso. Pois, a princípio nós só temos uma vida. Assim, não carece ficar enrolando com muita coisa.
***
Eu não preciso de muito para viver: necessito da minha família, da mulher que amo, das coisas pelas quais prezo (livros, DVDs, CDs; ou seja, injeções de ânimo), de um trabalho que não me aprisione muito, de um lugar próprio para morar, de um carro simples e sem problemas para me locomover, de tempo para me exercitar, de tempo para relaxar e, como resultado de tudo isso, paz.
É isso.
Não lembrava dessa da catequese... autoconhecimento- fundamental, mas as vezes são apenas impressões menos equivocadas de nós mesmos, já que a neutralidade só existe como engodo. De qualquer forma um excelente texto. Abraço, Ricardo
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