Aprisionados aos papéis
Os poemas são fiéis
À sua fria condição
De esperar publicação
MENDEL, G. M.. Humano expresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2007.
Acreditem se quiserem, dentre tudo o que publiquei até hoje, este é um dos meus poemas prediletos! E, acreditem se quiserem, é o único que eu sei de cor.
Isso porque é um poema extremamente simples, extremamente redondinho e extremamente verdadeiro, que não revela apenas a situação dos poetas iniciantes ou dos poetas tímidos, mas da poesia em si nos dias de hoje, relegada à marginalidade – não da Literatura, e sim das editoras, das livrarias, do bolso dos leitores. Sim! As pessoas lêem poesia. Só que o fazem em blogs, em jornais, em folhetos colocados por aí (em murais, muros e paredes, nos ônibus e nos metrôs). No entanto, triste do poeta que quer lançar livros, tornando-se um polivalente mendigo literário, cujas atividades incluem: escrever, revisar, fomentar, divulgar e vender as suas próprias obras. Triste do escritor que escreve o texto-martelinho: pequeno, mesmo assim difícil de engolir; que faz arder a garganta, que aquece a alma e que, em seguida, perturba.
Os poemas são fiéis
À sua fria condição
De esperar publicação
MENDEL, G. M.. Humano expresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2007.
Acreditem se quiserem, dentre tudo o que publiquei até hoje, este é um dos meus poemas prediletos! E, acreditem se quiserem, é o único que eu sei de cor.
Isso porque é um poema extremamente simples, extremamente redondinho e extremamente verdadeiro, que não revela apenas a situação dos poetas iniciantes ou dos poetas tímidos, mas da poesia em si nos dias de hoje, relegada à marginalidade – não da Literatura, e sim das editoras, das livrarias, do bolso dos leitores. Sim! As pessoas lêem poesia. Só que o fazem em blogs, em jornais, em folhetos colocados por aí (em murais, muros e paredes, nos ônibus e nos metrôs). No entanto, triste do poeta que quer lançar livros, tornando-se um polivalente mendigo literário, cujas atividades incluem: escrever, revisar, fomentar, divulgar e vender as suas próprias obras. Triste do escritor que escreve o texto-martelinho: pequeno, mesmo assim difícil de engolir; que faz arder a garganta, que aquece a alma e que, em seguida, perturba.
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