O Brasil é um país dito democrático, onde o povo teoricamente escolhe quem são seus governantes (ou opressores). A cada dois anos os brasileiros são obrigados a participar da “Festa da Democracia”. No entanto, o que ocorre parece mais uma ditadura enrustida.
Já no Horário Eleitoral Gratuito, tão aguardado pelas pessoas, pode-se perceber a gigantesca desigualdade existente entre os poderes partidários. Os partidos maiores possuem propagandas enormes e vistosas, dignas de encher os olhos de qualquer um, enquanto que os partidos menores possuem propagandas insignificantes e precárias, dignas da pena de qualquer um. (E, detalhe: muitas dessas legendas minúsculas dedicam a maior parte de seu tempo a questionar a limpeza dos bastidores da publicidade política – e isso basta para fazer valer a sua campanha.)
Há também o caso das pesquisas de intenção de voto, de utilidade discutível. Durante o período eleitoral os indivíduos são bombardeados por essas estatísticas, feitas pelos órgãos mais “ficha limpa” do país e tratadas com ares de necessidade pelos veículos de comunicação (ou manipulação). Porém, o resultado dessas investigações acaba com as chances (que já eram poucas) das siglas pequenas, pois muitos daqueles que iriam apostar nos políticos underground decidem, no fim das contas, não votar nos mesmos, tendo em vista que isso significaria anular o voto, uma escolha que poucos fizeram até hoje.
Sabe-se que o ser humano é guiado pela imagem e pelo grupo. O que a imagem (os vídeos feitos metodicamente para os candidatos) e o grupo (as pesquisas que apontam a intenção da maioria) mandam fazer, o brasileiro, um cidadão com pouca instrução crítica, faz – realizando os desejos daqueles que “mechem os pauzinhos”.
Então, é possível perceber que as eleições brasileiras, vendidas como transparentes e imparciais, pouco têm de limpinhas e bonitinhas, uma vez que só favorecem os interesses do sistema, o que não é nenhuma novidade para esta nação.