sexta-feira, 30 de maio de 2014

Não se desfaça de si mesmo!

A vida é dura
Até quando ela durar.
O fim nos espera,
Mas não espere para vê-lo!

Se a solidão o acompanha
Você não está tão só.
Se sua alegria se desfez...
Não se desfaça de si mesmo!


(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 53.)


Decidi postar esse poema porque ele é um dos meus poucos textos motivacionais...

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Poema Problema

Poema
Problema

Seria o poema
Um problema
Hoje?

E amanhã...
Será que os problemas
Se tornarão poemas?
Ou será que os poemas continuarão a ser um problema?

***

Problemas matemáticos são lógicos!
E é lógico que os problemas são do homem!

Isso é bem típico do poema, não é?


(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 52.)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Pulsando em banda larga

Eu amo demais a Ana Byte!
Depois de cinco anos conversando pela internet,
Finalmente hoje nós iremos nos encontrar.

A Ana Byte conhece todos
Os meus segredos,
A minha rotina,
Os meus amigos,
O quanto eu gosto dela.

***

Ei, espere aí!
No local combinado apareceu
Uma tal de Ana Clara.
Eu não conheço essa pessoa!
E ainda tem esses olhos...
Essa não é a Ana Byte!
Nos meus sonhos ela era diferente...

(Caiu a conexão...)


(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 51.)


O poema "Pulsando em banda larga" fala sobre a vulnerabilidade das paixões virtuais. No universo da internet, as pessoas entram em contato, passam a conversar diariamente e a alimentar sentimentos que consideram concretos. Contudo, quando encontram-se cara a cara, na vida real, fora da fantasia eletrônica, percebem que os indivíduos de carne e osso são mais complexos do que aqueles personagens que surgem por trás das telas.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

A paixão que não rima

Abel e Isabel rimavam,
Mas não formaram um par.
Ficaram alternados entre
Muriel e Ariel,
Com quem casavam perfeitamente.

Então, eis a estrofe:
Muriel
E Abel;
Ariel
E Isabel:

Pares sem mel,
Ligados pelo anel.


(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 50.)

sexta-feira, 25 de abril de 2014

O fazer poético

Existem duas formas
de se fazer poesia:
a forma esculpida
e a forma escarrada.

A forma esculpida
é aquela em que o poeta
molda as palavras
de modo a produzir
um texto bonitinho.

A forma escarrada
é aquela em que o poeta
é pego por uma ânsia,
de mexer com quem lê
suas incontidas ideias.


(MENDEL, G. M.. Sobretudo. Erechim-RS: EdiFAPES, 2010. p. 47.)


No texto "O fazer poético" pretendi comentar a respeito dos diversos modos de se escrever um poema. Há aqueles oriundos da inspiração e os nascidos do nada, da tentativa de se produzir um texto em versos. Confesso que, no começo da carreira, empolgado com a ideia de escrever poesia, construí alguns poemas forçados, a partir do zero, só pela vontade de fazer número. E esses foram os meus maiores erros, pois os meus melhores títulos sempre foram aqueles que surgiram em momentos de inspiração.