domingo, 4 de novembro de 2012
O DESVIO DE CARÁTER - Poema Solto 03 (15/08/2007)
Condiciona o meu caráter,
Barateia o meu custo,
E facilita a convivência.
Pois, se errar é humano
E todo mundo o faz,
Por que não se preocupar
Em policiar a sua imagem?
Isso é uma questão de consciência,
De se sentir bem consigo mesmo.
Então, se Judas o agrada mais que Jesus,
Você não terá que carregar qualquer cruz.
(MENDEL, G. M.. Humano Impresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2008.)
TEM GENTE - Poema Solto 02 (07/08/2007)
segunda-feira, 28 de maio de 2012
DEVANEIO E INDEPENDÊNCIA - Poema Solto 01 (17/07/2007)
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
POESIA COTIDIANA 03 - REALIDADE
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
POESIA COTIDIANA 02 - RESULTADO
[...]
{6 horas e 25 minutos}
(tic-tac, tic-tac, tic-tac...)
* sono conturbado *
{6 horas e 30 minutos}
(trrriiinnn!!! / pãc)
- Ah, não!
* rotina *
{20 horas e 30 minutos}
* assistir TV *
passa, passa, passa, passa, passa...
{24 horas e 30 minutos}
* cansaço / insônia à remédio para dormir *
__________
[...]
MENDEL, G. M.. Humano impresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2008.
Segundo poema dos três textos da “Poesia Cotidiana”, “Resultado” mostra as consquências causadas pela atribulada rotina que o ser humano comum tem de enfrentar diariamente. Acorda, normalmente, muito cedo, sem ter dormido o suficiente para recompor as suas energias. Em seguida, precisa dar um pulo da cama e se preparar às pressas para não chegar atrasado ao trabalho – e, mesmo sem condições fisiológicas, emocionais e/ou psicológicas, deve passar o dia correndo, dando conta de uma boa porção de tarefas. Retorna para casa apenas no início da noite e tenta descansar e se distrair assistindo à televisão, sem encontrar um programa que o faça se sentir melhor. Por fim, tenta dormir, perturbado por um contraste de cansaço e insônia. Por isso, ingere um sonífero, procurando, através de medicamentos, galgar condições de levar a sua vida adiante. É mais ou menos isso.
*** Lá vai um pouco de intertextualidade! Abaixo está uma composição da banda paulista Inocentes, a qual combina perfeitamente com o poema postado acima:
INOCENTES – Rotina (1986)
Acorda cedo para ir trabalhar
O relógio de ponto a lhe observar
No lar esposa e filhos a lhe esperar
Sua cabeça dói, um dia vai estourar, com essa
Rotina (Rotina!) (x4)
Sua cabeça dói, não consegue pensar
As quatro paredes a lhe massacrar
Daria tudo pra ver o que acontece lá fora
Mesmo sabendo que não iria suportar essa
Rotina (Rotina!) (x4)
Até quando ele vai aguentar?
Até quando ele vai aguentar? (Rotina)
No lar sua esposa lhe serve o jantar
Seus filhos brincam na sala de estar
Levanta da poltrona e liga a TV
Chegou a hora do programa começar
Rotina (Rotina!) (x4)
O homem da TV lhe diz o que fazer
Lhe diz do que gostar, lhe diz como viver
Está chegando a hora de se desligar
A sua esposa lhe convida para o prazer
Rotina (Rotina!) (x4)
Até quando ele vai aguentar?
Até quando ele vai aguentar? (Rotina)
Rotina (Rotina!) (x4)
Até quando ele vai aguentar?
Até quando ele vai aguentar?
Obs.: Em 1999, os Titãs gravaram uma nova versão dessa música, em um álbum intitulado “As dez mais”, constituído somente por versões de composições de outros artistas.