quarta-feira, 29 de março de 2017

O sono do sol (17/03/2011)

Não se pode ter medo da noite,
Nem se pode ter medo do escuro.

Anoitece porque o sol também precisa dormir,
Exatamente como nós,
Depois de aprontar das suas.

Assim que o sol pega no sono,
A vigilante lua entra em ação,
Para garantir um sono tranquilo a todos,
Inclusive ao sol,
Tão importante por alegrar nossos dias.

Sorte que o sol acorda cedo.
E, dessa maneira,
Nós podemos ir à escola
Quando já está claro.



(MENDEL, G. M.. Entretanto. Erechim-RS: AllPrint Varella, 2013.)

terça-feira, 14 de março de 2017

O que há lá no alto? – I (16/03/2011)

A partir de agora, publicarei alguns poemas do anexo "Poesia grandona para gente pequenina", publicado ao final do livro "Entretanto" e que, inicialmente, deveria ser uma obra à parte.

Como o próprio nome sugere, nessa seção encontram-se dez poemas para o público infantil. Então, aqui vai um deles, "O que há lá no alto? - 1":



As nuvens brincam
De adivinhação
Quando as crianças
Olham para elas.

Assim, viram ovelhas,
Viram vacas,
Viram tudo aquilo
Que você imaginar.

Mas elas choram
Quando essas crianças
Não brincam com elas.
É o medo da solidão.

É o que acontece quando chove.



(MENDEL, G. M.. Entretanto. Erechim-RS: AllPrint Varella, 2013.)

quarta-feira, 1 de março de 2017

Poeminha miserável (11/09/2013)

Esta coisa de que tempo é dinheiro
não é comigo.
Para mim, o tempo que passa
é o tempo que não se vive...
(e não se ganha nada com isso!)

Cada dólar que eu consigo
não me dá um dia a mais de vida
– tampouco de saúde e de felicidade.
Cada dólar que eu consigo
só me mostra a mediocridade do homem,
que deixa o essencial de lado
e vive de ostentação e de vilania.



(MENDEL, G. M.. Entretanto. Erechim-RS: AllPrint Varella, 2013.)