A velha,
Que ontem era “véia”,
Hoje é veia,
Mas continua sendo idosa.
(MENDEL, G. M.. Entretanto. Erechim-RS: AllPrint Varella, 2013.)
Este poema parece (e é) bem infeliz. Quando o escrevi, pensei em fazer algum jogo de palavras que envolvesse a reforma ortográfica da Língua Portuguesa, o que resultou em um texto quase sem sentido e linguisticamente feio. Contudo, com esses poucos versos, pretendia mostrar que, além de não apresentar fundamento algum, a dita mudança só confunde quem vai escrever, pois os erros só aumentaram após o seu surgimento.
Como professor de Língua Portuguesa, percebo que, por medo de se equivocar e pelo uso frequente da escrita no meio digital, que tem suas regras (ou a falta delas) particulares, as pessoas não estão mais usando quaisquer acentos, o que considero bastante triste e grave.