terça-feira, 30 de junho de 2015

A veia véia (21/11/2010)

A velha,
Que ontem era “véia”,
Hoje é veia,
Mas continua sendo idosa.


(MENDEL, G. M.. Entretanto. Erechim-RS: AllPrint Varella, 2013.)


Este poema parece (e é) bem infeliz. Quando o escrevi, pensei em fazer algum jogo de palavras que envolvesse a reforma ortográfica da Língua Portuguesa, o que resultou em um texto quase sem sentido e linguisticamente feio. Contudo, com esses poucos versos, pretendia mostrar que, além de não apresentar fundamento algum, a dita mudança só confunde quem vai escrever, pois os erros só aumentaram após o seu surgimento.

Como professor de Língua Portuguesa, percebo que, por medo de se equivocar e pelo uso frequente da escrita no meio digital, que tem suas regras (ou a falta delas) particulares, as pessoas não estão mais usando quaisquer acentos, o que considero bastante triste e grave.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Mais um dia

Estou deitado em minha cama
Esperando o Sol se pôr:
Mais um dia exilado
Remoendo a minha dor.

Sem saber aonde chegar
Resta agora o meu quarto:
Conversando com as paredes
Pode ser que me encontre.

Agora veio a noite...

O estresse toma conta
De todos aqueles que fazem...
E a depressão dedura
Os que não têm o que fazer.

Basta esperar um novo dia
Com costumes e obrigações,
Mesmas crenças e opiniões,
E destaque aos destacáveis.

***

Porém, eu saio a vagar
Para ver somente isto:
Rapazes vazios e garotas-vitrine
Querendo provar sua emancipação.
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Com "Mais um dia" concluo os poemas que resgatei dentre os meus primeiros escritos. Esse texto, na minha opinião, é um dos que mais têm valor em meio à minha precária produção inicial.

Em seguida, começarei a postar os poemas do meu último livro, chamado "Entretanto".