Postarei em sequência os cinco poemas que publiquei em uma antologia de uma entidade cultural erechinense do qual eu participava. Os textos que selecionei para essa miscelânea lançada em 2010 foram resgatados dentre os meus primeiros escritos, do tempo em que eu ainda era um adolescente inexperiente e sonhador. Eles estavam em meio aos poemas que não fizeram parte do primeiro livro e seriam jogados fora. Contudo, em uma última leitura antes de descartá-los, percebi o seu potencial, dei uma reformada nos cinco e os eternizei na referida coletânea de artistas locais.
ESBOÇO DE VIDA
Correndo numa esteira elétrica
Ele quer fugir do que o cerca
Velejando numa rasa banheira
Está à procura de novas fronteiras
Nadando em meio à lama
Afoga-se em si mesmo
Dizendo, enfim, que ama
Quem o gerou a esmo
Feito uma criança perdida
Tentando entender os meios
Trabalha pra pagar a fiança
Que o liberte de seus freios