sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Não confunda!

Leis são limites,
Mas limites não são leis!

Reis são governantes,
Mas governantes não são reis!

Seis são seus amantes,
Mas seus amantes não são seis!

***

Leis nunca serão governantes,
E governantes nunca serão leis!

Reis nunca serão seus limites,
E seus amantes nunca serão reis!


(BACCA, A. A.; GONÇALVES, C.. Poesia do Brasil. Vol. 8. Bento Gonçalves-RS: Grafite, 2008. p. 190)


O poema "Não confunda!" é bastante agradável, tanto a mim quanto ao público - pelo menos é o que eu acho. É agradável a mim porque me ocorreu naturalmente, embora eu tenha lapidado a última parte. E é agradável ao público porque tem rima - e, ainda hoje, a maioria das pessoas relaciona poesia à rima.

Além disso, não é apenas mais um poeminha idiota e rimado; é sim, um convite à emancipação do leitor sob diversos aspectos - o que, tematicamente, considero muito bom.

Por hoje é só. Até a próxima, pessoal!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Itaporaí

Itaporaí era uma cidadezinha do interior.

Mas só era;
Agora já não é mais!
E se foi Itaporaí...

Suas raízes,
Sua cultura
E seu povo
Não resistiram aos
Tentáculos perversos
Da tal globalização.
E a vida moderninha
Devorou Itaporaí.

Itaporaí seu povo;
Não mais sua cultura.

Pois, as pessoas
Estão por aí...
Em cidades adequadas,
Que têm suporte técnico.


(BACCA, A. A.; GONÇALVES, C.. Poesia do Brasil. Vol. 8. Bento Gonçalves-RS: Grafite, 2008. p. 188)

Olá!

A partir de agora irei postar os poemas que publiquei na antologia "Poesia do Brasil - Volume 8", realizada em 2008, em referência ao XVI Congresso Brasileiro de Poesia, ocorrido em Bento Gonçalves. No trabalho supracitado, inseri cinco textos previamente selecionados para integrar o livro "Sobretudo". Este, "Itaporaí", escrevi pensando no papel das pequenas cidades nas últimas décadas, que, ao invés de crescerem e se desenvolverem, estão, no máximo, mantendo-se na mesma proporção, uma vez que seus habitantes procuram municípios com mais estrutura. É assim que esses lugarejos "insignificantes" (entre aspas, já que não é a minha opinião) permanecem sem médicos, professores, entre outras funções essenciais.

LEVADO - Poema Solto 14 (23/11/2007)

O que leva uma pessoa
A achar que sabe?

O que leva uma pessoa
A achar que pode?

O que leva uma pessoa?

Eu não sei...

Mas todos são levados a...


(MENDEL, G. M.. Humano impresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2008. p. 71)


Voltando a comentar...

Sempre achei este poema prestável. Ele é bem simples, mas muito significativo, pois retrata fielmente o comportamento das pessoas nos últimos tempos.

Pronto.