quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Criançada

Menininho
Sai correndo,
Cai de boca.
Vai chorar!

Menininho
Se esconde
Atrás da porta.
Vai sorrir!

Menininho
Está andando
De balanço.
Vai pular!

Menininho
Vai brincando,
Vai sorrindo.
Ele é feliz.


MENDEL, G. M.. Humano impresso. Erechim-RS: EdiFAPES, 2008.


O poema "Criançada" foi a minha primeira tentativa de escrever algo voltado às crianças. (Eu não poderia postá-lo em um dia melhor, já que hoje é o Dia da Criança. E confesso que foi mero acaso.) Nele, tentei alcançar uma espécie de musicalidade típica das cirandas e de outras canções destinadas ao público infantil. E, em termos de conteúdo, tentei retratar o comportamento de uma criança ideal (no sentido de idealizada), que cai e se levanta logo em seguida, que está sempre correndo e emanando energia, que sonha e sorri a todo instante. É, em suma, um pequeno indivíduo que sintetiza e personifica a ideia que todo o adulto tem de infância, o qual é aquele período em que não há problemas e nostalgia, apenas descobertas e expectativa.